O grupo PET
Conexões Políticas Públicas de Juventude foi constituído em dezembro de 2010,
com 12 bolsistas, estudantes de origem popular, de vários cursos da
universidade, selecionados conforme interesse pelo tema e perfil definido no
edital 09/2010/MEC/SESU. É um grupo de abrangência institucional, com proposta
de ações interdisciplinares no eixo das políticas públicas de/para juventudes.
Tem apoio do Instituto de Psicologia e a coordenação de suas atividades está
sob a responsabilidade de professora desta unidade, propositora do projeto
inicial em 2010.
No primeiro
ano, as atividades foram organizadas em territórios de referências dos
bolsistas, tendo como proposta o mapeamento de projetos sociais e políticas
públicas, direcionados a jovens nas comunidades contempladas pelo grupo. Apesar
de muita produção, avaliamos que esta proposta inicial era mais da tutora, que
sustentou em 2011 o projeto original da constituição do grupo; no segundo ano
(2012), os estudantes defenderam uma proposta de organização das atividades por
núcleos e campos de interesses dos integrantes (juventude e políticas de saúde;
juventude e políticas de educação; juventude e controle social), o que se
efetivou parcialmente, resultando em ações fragmentadas e produzindo divisões
no grupo, acentuadas por várias substituições de bolsistas, o que se explicitou
já na avaliação realizada no final do primeiro semestre, fazendo com que o
grupo optasse por novo direcionamento no segundo semestre de 2012.
Considerando
as avaliações realizadas sobre atividades desenvolvidas em 2011 e 2012;
considerando o processo de organização do grupo para desenvolvimento de uma
proposta mais articuladora para um projeto institucional, em 2013 o
planejamento foi estruturado por um eixo articulador que emergia no contexto da
universidade, com a implantação das ações afirmativas.
Em 2012, com a
avaliação institucional feita pela UFRGS sobre as cotas, depois de cinco anos
desta política na Universidade, o grupo considerou a necessidade de aprofundar
o estudo sobre ingresso e permanência na universidade pública, priorizando
ações junto a estudantes de escolas públicas e de cursos pré-vestibulares
populares. A partir de experiências do grupo com oficinas no evento UFRGS
Portas Abertas, avaliamos que a realização de oficinas com essa temática seria
um eixo articulador capaz de aproximar universidade e comunidades populares,
também possibilitando no grupo a potencialização das trajetórias e saberes
diversos de seus integrantes, no exercício interdisciplinar.
Desde então, o
grupo prioriza a temática das Ações Afirmativas, problematizada nas ações de
ensino-pesquisa-extensão, discutindo as condições de ingresso e de permanência
dos estudantes autodeclarados negros, estudantes indígenas e estudantes
egressos de escola pública. Em 2014, a entrada de duas estudantes indígenas
qualificou o trabalho do grupo e ampliou ações sobre diversidade, agregando-se
ao projeto de pesquisa a experiência de estudantes indígenas na UFRGS. O
trabalho nas escolas e o diálogo sobre ações afirmativas com outros setores da
universidade estão consolidados e avaliamos que a relação entre ensino e
extensão teve avanços nos últimos anos. Uma proposta de pesquisa com autoria do
grupo de estudantes foi construída entre 2013 e 2014, mas está ainda em fase
exploratória, aborda as condições de permanência de estudantes na universidade.